segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Stop the pain...

"If I could feel
All the pins and the pricks
If you were real
I could take what's apart and put it back together."

Alguém por favor, faça a dor parar... meu coração... está... morrendo...

domingo, 4 de setembro de 2011

Cold as Ice...

Angústia

Tortura do pensar! Triste lamento!
Quem nos dera calar a tua voz!
Quem nos dera cá dentro, muito a sós,
Estrangular a hidra num momento!

E não se quer pensar! ... e o pensamento
Sempre a morder-nos bem, dentro de nós ...
Querer apagar no céu – ó sonho atroz! –
O brilho duma estrela, com o vento! ...

E não se apaga, não ... nada se apaga!
Vem sempre rastejando como a vaga ...
Vem sempre perguntando: “O que te resta? ...”

Ah! não ser mais que o vago, o infinito!
Ser pedaço de gelo, ser granito,
Ser rugido de tigre na floresta! 

 

Florbela Espanca, in  "Livro de Mágoas"

A vida tem me pregado algumas peças... sempre pregou na verdade.

E a cada fato jogado na minha vida... eu me transformo... me transformo numa pessoa mais dura... mais fria...  cada fato ocorrido... é um pedaço do meu coração que congela.


O que me resta? Ser pedaço de gelo, de granito, ser rugido de tigre na floresta...

sábado, 13 de agosto de 2011

I´m addicted


Hoje quero falar de uma coisa mais do que comum na vida da maioria das pessoas: a dependência emocional.

Aqueles que já abriram mão de tudo e todos por alguém, vão se identificar totalmente com o que está explícito aqui.

Vou colocar alguns trechos de um artigo e depois comentarei.

"A paixão como é descrita pelos poetas, mais se parecem com dependência, romances famosos como Romeu e Julieta, ilustram formas patológicas de amor, que poderiam ser identificados como uma dependência emocional ao outro.  A dependência ao outro é muito comum na vida de todos nós. Quando bebês, em nossa constituição como sujeitos, fomos dependentes de nossa mãe ou quem fazia esta função. Uma vivência saudável nessa etapa da vida poderia teoricamente evitar a dependência no adulto.  Outro aspecto é o estrutural, mais complexo, e que define como sustentamos nossa dinâmica psíquica regredindo a esta etapa do nosso desenvolvimento, e vivendo imaginariamente este script no momento atual. Alguma falha no desenvolvimento, segundo Winnicott, seria a causa de fixações nesta etapa, ou regressão à ela como formas de nos defender de angústias interiores causadas na vida adulta.    

(...) A dependência é patológica, não só quando nos tira do nível da normalidade, e nos diferenciamos dos outros, mas também, e principalmente, quando nos traz sofrimento.

(...) Somos seres sociais por natureza, e nunca poderemos ser autônomos, mas um equilíbrio entre autonomia e dependência ao "outro", é importante e vai definir nossa qualidade de vida tanto psíquica como social.  É natural que sejamos em alguns momentos dependentes, e em outros independentes, mas é patológico quando não alternamos entre estes dois estados, vivendo intensamente um dos dois, por fixação.

É importante observar os momentos em que ficamos sós, para ver o que sentimos, como nos portamos e quais as sensações que temos desta situação.  Em muitos casos somente a ideia de ficar só, traz pavor, pois ali estaremos em contato direto com nossos próprios pensamentos e isso pode ser assustador.

Momentos de solidão são importante e saudável para todos nós, mas por outro lado, a necessidade constante de periodos longos longe das pessoas, pode ser um sinal de problemas sérios. Sentir necessidade de sempre no meio de um grupo de pessoas pode ser uma atitude saudável mas também pode ser um sinal de uma "fobia social ao contrário", ou à dependência emocional e psíquica ao outro. (...)"

Pois bem. Eu entendo bem desse assunto. Já me submeti, me rebaixei, me humilhei, abri mão de várias coisas da minha vida, principalmente minha liberdade, já me endividei, já me machuquei e muito por causa desse "vício". E não adianta, dependência emocional nunca é algo recíproco. Você tem e você quer que o outro tenha, mas não é assim que funciona. Resultado: você só tem sofrimento por causa disso. A terapia ajuda a equilibrar isso, mas a cura é impossível. Você vive uma luta constante consigo mesmo. Você tenta desesperadamente fazer diferente... e por mais diferente que você faça, sempre tem alguma peça daquele mosaico diabólico da dependência emocional.

Fonte: A Dependência Emocional ou Dependência ao Outro

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dead flower...



Tem muito tempo que não escrevo. Muitas mudanças acontecendo, literalmente.
Me mudei, e com isso, minha internet se foi. Estou incomunicável com o mundo.

Hoje resolvi escrever rapidinho aqui do trabalho... estou precisando... estou precisando desabafar, por pra fora tudo aquilo que está me matando.

Preciso por pra fora todas as minhas decepções, as minhas desesperanças, a minha solidão.
Quero por pra fora todas as minhas frustrações, as minhas discordâncias, as minhas forças e lutas em vão.
Preciso chorar, chorar pra me livrar de tudo aquilo que me faz sofrer, que me faz infeliz. Desfazer esse nós que está encravado em meu peito, em minha garganta, em meus pulmões, que me impede de respirar, de dormir, de sorrir.

Preciso de mais força... preciso de esperança... preciso de paz... preciso.

Sinto muito fazê-los ler algo triste depois de tanto tempo sem escrever.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Eu não...

Eu não sou mais vista...
Eu não sou mais ouvida...
Eu não sou mais lida...
Eu não sou mais falada...
Eu não sou mais "o cara"...
Eu sou alguém...

domingo, 5 de junho de 2011

Codificada...

Essa é uma música minha, criada a alguns anos...
Segue a letra e uma "gravação" feita por mim no violão e na voz de minha amiga Juliana Vizo.

 

Codificada

Não importa quanto tempo mais
Tudo aparente se transforma
Se escapa, se condena
Tudo introjetado se desgasta

No íntimo do seu sonho apareço
Pra te buscar, pra te levar
Pra te mostrar que eu sou
Pra te lembrar que sempre

Não importa quanto tempo mais
Nada no entanto se compara
Se estranha, se relembra
Nada igual ao que eu tenho

Assim vamos
Correndo, fugindo
No pulso insistente
Limitando ao extremo

Na face dos seus olhos eu reluzo

Pra te sofrer, pra te amar
Pra te dizer que eu sou
Pra te fazer sempre

No íntimo do seu sonho apareço
Pra te buscar, pra te levar
Pra te mostrar que eu sou
Pra te lembrar que sempre

Tudo introjetado se desgasta

Nada...

E as horas passam...
E nada acontece...
Dia após dia... e nada.
Tudo muito frio, tudo muito linear... na verdade um declive.
E nada... nada, absolutamente nada.
Nem uma palavra, nem um gesto, nem um sonho.
Todos os dias... e nada.
Nada se espera... nada se sabe.
Não é possível que não seja visto.
Só as mãos são lavadas.