quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Doubt...

Eu tenho uma dúvida...
E dessa vez vou escrever na 1ª pessoa.

Toda vez que eu espero uma reação de uma pessoa, eu estou baseando essa reação na minha própria experiência, ou seja, minha própria reação? Ou eu simplesmente (e apenas isso) espero realmente uma determinada reação dessa pessoa porque é o que eu gostaria que ela fizesse?

Hoje houve uma situação... uma reação... e uma pontada no coração de tristeza.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A Lua e o Alienista...

Vou contar duas histórias, mas no final as duas se conectam.

A Lua...

Era uma vez uma garota que se interessava pelo comportamento humano... e principalmente pelo seu próprio.
Resolveu estudar Psicologia para entender mais a fundo... a si mesma.
Depois de 5 anos descobriu que quanto mais se estuda a mente e o comportamento humano, mais mistérios são desenterrados, mais perguntas sem respostas aparecem... e mais confusos parecem seus próprios sentimentos.
Hoje, parece que todos pensam de forma estranha... parece que todos enxergam o mundo diferente dela... mas na verdade é ela que enxerga coisas que ninguém mais vê e enxerga tudo de forma diferente dos demais... ou então é ela que em sua mente insana cria delírios que obviamente ninguém mais irá enxergar, entender.

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O Alienista...

Era uma vez um médico que decide estudar a loucura... quanto mais ele estuda a loucura, mais percebe que todos a sua volta são loucos... seus parentes, sua esposa, todas as pessoas da sua cidade.
E um a um, ele coloca em seu hospício chamado de A Casa Verde...
Cada um da cidade tinha uma loucura diferente... tudo ele via como loucura...
Quando ele percebeu que praticamente todos da cidade estavam internados... ele se deu conta do pensamento clássico: a loucura é normal.
Ele percebeu que o louco era ele, por não ser louco... que o resto do mundo era normal... pois a loucura era o que havia de mais comum.
Então ele libertou todos e se internou para sempre.

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Então... longe de mim pensar que eu sou "normal" e o resto do mundo é "louco"...
Na verdade essa obra de Machado de Assis pode ser vista como a forma natural de todos nós pensarmos...
Não temos como estar literalmente na pele de outra pessoa... não podemos viver os pensamentos e sentimentos de ninguém... podemos apenas supô-los na nossa pele... o que já põe por terra qualquer tentativa pura de empatia...
E por mais que tentamos ser empáticos, sempre sentimos o que vem daqui de dentro (apontanto agora pra minha cabeça) como a verdade, razão, o certo.

Já tentaram convencer alguém delirando que as vozes gritando em sua mente não são reais?
Já tentaram convencer alguém que acha estar sendo traído que ele(a) é inseguro(a) e nada está acontecendo?

Como Psicóloga, o que meu cliente diz, eu encaro como verdade... pois é a verdade dele.
Como pessoa ouvinte, nem sempre consigo fazer isso.
Como pessoa "falante", sempre tento mostrar que existe um motivo para eu pensar, sentir alguma coisa... mas também nem sempre tenho sucesso nisso.