sábado, 13 de agosto de 2011

I´m addicted


Hoje quero falar de uma coisa mais do que comum na vida da maioria das pessoas: a dependência emocional.

Aqueles que já abriram mão de tudo e todos por alguém, vão se identificar totalmente com o que está explícito aqui.

Vou colocar alguns trechos de um artigo e depois comentarei.

"A paixão como é descrita pelos poetas, mais se parecem com dependência, romances famosos como Romeu e Julieta, ilustram formas patológicas de amor, que poderiam ser identificados como uma dependência emocional ao outro.  A dependência ao outro é muito comum na vida de todos nós. Quando bebês, em nossa constituição como sujeitos, fomos dependentes de nossa mãe ou quem fazia esta função. Uma vivência saudável nessa etapa da vida poderia teoricamente evitar a dependência no adulto.  Outro aspecto é o estrutural, mais complexo, e que define como sustentamos nossa dinâmica psíquica regredindo a esta etapa do nosso desenvolvimento, e vivendo imaginariamente este script no momento atual. Alguma falha no desenvolvimento, segundo Winnicott, seria a causa de fixações nesta etapa, ou regressão à ela como formas de nos defender de angústias interiores causadas na vida adulta.    

(...) A dependência é patológica, não só quando nos tira do nível da normalidade, e nos diferenciamos dos outros, mas também, e principalmente, quando nos traz sofrimento.

(...) Somos seres sociais por natureza, e nunca poderemos ser autônomos, mas um equilíbrio entre autonomia e dependência ao "outro", é importante e vai definir nossa qualidade de vida tanto psíquica como social.  É natural que sejamos em alguns momentos dependentes, e em outros independentes, mas é patológico quando não alternamos entre estes dois estados, vivendo intensamente um dos dois, por fixação.

É importante observar os momentos em que ficamos sós, para ver o que sentimos, como nos portamos e quais as sensações que temos desta situação.  Em muitos casos somente a ideia de ficar só, traz pavor, pois ali estaremos em contato direto com nossos próprios pensamentos e isso pode ser assustador.

Momentos de solidão são importante e saudável para todos nós, mas por outro lado, a necessidade constante de periodos longos longe das pessoas, pode ser um sinal de problemas sérios. Sentir necessidade de sempre no meio de um grupo de pessoas pode ser uma atitude saudável mas também pode ser um sinal de uma "fobia social ao contrário", ou à dependência emocional e psíquica ao outro. (...)"

Pois bem. Eu entendo bem desse assunto. Já me submeti, me rebaixei, me humilhei, abri mão de várias coisas da minha vida, principalmente minha liberdade, já me endividei, já me machuquei e muito por causa desse "vício". E não adianta, dependência emocional nunca é algo recíproco. Você tem e você quer que o outro tenha, mas não é assim que funciona. Resultado: você só tem sofrimento por causa disso. A terapia ajuda a equilibrar isso, mas a cura é impossível. Você vive uma luta constante consigo mesmo. Você tenta desesperadamente fazer diferente... e por mais diferente que você faça, sempre tem alguma peça daquele mosaico diabólico da dependência emocional.

Fonte: A Dependência Emocional ou Dependência ao Outro

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Dead flower...



Tem muito tempo que não escrevo. Muitas mudanças acontecendo, literalmente.
Me mudei, e com isso, minha internet se foi. Estou incomunicável com o mundo.

Hoje resolvi escrever rapidinho aqui do trabalho... estou precisando... estou precisando desabafar, por pra fora tudo aquilo que está me matando.

Preciso por pra fora todas as minhas decepções, as minhas desesperanças, a minha solidão.
Quero por pra fora todas as minhas frustrações, as minhas discordâncias, as minhas forças e lutas em vão.
Preciso chorar, chorar pra me livrar de tudo aquilo que me faz sofrer, que me faz infeliz. Desfazer esse nós que está encravado em meu peito, em minha garganta, em meus pulmões, que me impede de respirar, de dormir, de sorrir.

Preciso de mais força... preciso de esperança... preciso de paz... preciso.

Sinto muito fazê-los ler algo triste depois de tanto tempo sem escrever.