domingo, 23 de maio de 2010

Filosofias...de botequim?

Não lhe parece estranho o pensamento de uma eternidade? De um fluxo constante e infinito? O simples fato da existência de qualquer coisa já é estranho, impossível e impensável. Não importante se a existência é real, física ou simplesmente perceptível e interpretativa. A única prova da nossa existência é o fato de nós tentarmos pensar na nossa existência. Nem Deus pode ser atuado como o causador de tudo pois ele também  pode ser um simples fato da imaginação. Até onde a mente pode levar um ser humano a crer nas coisas? Até onde as coisas são reais (isso se existir coisas reais) e não algo que nós mesmos criamos para, nem sei para que. Talvez se nós fossemos felizes com o que temos, com o que somos, não precisaríamos questionar essas coisas. Ë desesperador não ter respostas para perguntas tão simples e que ninguém pára pra responder. Imagine o universo em expansão ou compactação eterna. Para que? Como é possível? O que é o universo? Quem somos nós? São tantas dúvidas, tantas perguntas. Será que existe resposta para essas perguntas? 

Já parou para pensar no porque de você fazer tudo o que faz? Para que você estuda? Para trabalhar. Para que você trabalha? Para ter dinheiro. Para que você quer dinheiro? Para ter uma vida confortável. Mas para que? Para você viver mais tempo? Para que? Você vai morrer mesmo! Por que o simples fato de termos dinheiro já é confortante? Nem precisamos gasta-lo, só precisamos ter. É meio idiota isso. Para que conhecimento, se nunca vamos conhecer tudo. E mesmo conhecendo alguma coisa, sempre vem alguém que tem menos informação do que você e consegue responder aquela pergunta filosófica que você nunca conseguiu ou então, te faz uma pergunta filosófica que você demorou anos de faculdade para bolar? É irônico.

Por que chegamos num ponto em que não conseguimos encontrar um motivo para as coisas? Sócrates quase conseguiu encontrar um motivo para as coisas, mas quando lhe fizeram aquela pergunta, ele quebrou. “Se eu não conheço o que eu quero conhecer, como vou saber que cheguei ao conhecimento?” Ele bem que tentou sair pela tangente, mas ele só transferiu o motivo para outro: deus. Será que sempre vai ser assim? Chega num ponto em que temos que dar a explicação de tudo para algo superior a nós? É incrível, mas nós não conseguimos “não pensar” na existência de um ser superior, eterno, único, poderoso, capaz de tudo. Olha a contradição de Parmênides aqui, ao mesmo tempo em que não conseguimos pensar numa resposta sem adequá-la a um ser superior, ou seja, “não pensar” num deus, nós não conseguimos “pensar” num ser superior, único, poderoso, sem forma definida. Pelo menos uma coisa me conforta, Heráclito tinha razão: as coisas “são” e “não são” ao mesmo tempo. Agora, eu só não sei se isso vale para pensamento. Se não vale, será que eu estou ficando louca? É possível “pensar” e “não pensar” ao mesmo tempo?

1 me inspiram:

Anônimo disse...

uau !!! uma filósofa... rsss
Bons pensamentos... constinue nesse caminho!

http://psycholes.blogspot.com/